Lição numa bomba de gasolina...
Muito boa noite e sejam bem-vindos a mais um espantoso post aqui do Renatices. Sei bem que a periodicidade tem deixado muito a desejar, mas nem sempre existe inspiração suficiente para escrever.
No entanto, tenho a informar que a inspiração para este post não partiu de mim, mas sim dum empregado num posto de abastecimento em Lisboa. Por razões óbvias, não direi qual o local específico, pois quero continuar a frequentar o local onde habitualmente coloco o carro a lavar sem correr o risco de sofrer represálias.
Tudo começou na sexta-feira quando entrei no posto para colocar o carro a lavar. Aliás, informo que por 10€ fazem um belo serviço de lavagem e aspiração. Tudo corria na perfeição desde o meu pedido de lavagem à indicação de preço ou mesmo às instruções sobre a colocação do automóvel. Profissionalismo a toda a prova. Estando só duas pessoas na loja, eu e o meu interlocutor, ele achou adequado interromper o processo de facturação para apreciar as senhoras de vestido que passavam no exterior. Como qualquer homo lusitanus as expressões faciais foram tão hilariantes como os comentários que a minha memória esqueceu... Infelizmente, durante esta apreciação das femina no esterior, o Windows XP crashou. Nada de estranho, pelo que sarcásticamente disse "Windows... nada de novo", o que iniciou o meu processo de aprendizagem nesse dia.
Após uma breve troca de impressões sobre o horrível sistema da Microsoft, referi que tinha um iMac. Ao reparar que o empregado não reconhecia o nome, referi que era da Apple (ă'pəl) sendo que rapidamente recebi um abanar de cabeça seguido de "queria dizer (ei'pəl), não era?". Todos os anos de estudo de inglês foram deitados fora... Não sei pronunciar a palavra maçã em inglês. O sorriso dele era enorme, mas ainda assim mantive-me humilde e optei por continuar a conversa sem contra-argumentar.
Referi então que era o Mac OS era o melhor sistema e que nem de antivírus necessitava, visto serem praticamente inexistentes os softwares maliciosos ao sistema. Que blasfémia... Quem pouco sabe, deve aproveitar para ficar calado. Deveria ter ficado calado e fui lembrado do mesmo quando ouvi em resposta "ó amigo, então não abre o Google em casa? Se abre o Google apanha vírus!". Fiquei reduzido à minha insignificância. Naquele momento nada sabia de inglês e aparentemente ainda menos de informática. Calei-me e esperei pelo reinício do sistema sem sequer me aperceber que mais empregados da bomba já estavam dentro da loja. Os comentários dos colegas variavam entre "deixa de ser esperto, ó (nome do senhor omitido)" e "eh, vê-se mesmo que andaste dois anos na faculdade".
Continuei calado e esperei até ao momento em que me perguntou os dados para emissão de factura. Dei o número de contribuinte e nome da empresa: Hidro*. A sua pergunta imediata foi "Hidro* é com H?".
A lição? Ocasionalmente, não importa o que tu sabes mas sim aquilo que os outros acham que tu sabes...
No entanto, tenho a informar que a inspiração para este post não partiu de mim, mas sim dum empregado num posto de abastecimento em Lisboa. Por razões óbvias, não direi qual o local específico, pois quero continuar a frequentar o local onde habitualmente coloco o carro a lavar sem correr o risco de sofrer represálias.
Tudo começou na sexta-feira quando entrei no posto para colocar o carro a lavar. Aliás, informo que por 10€ fazem um belo serviço de lavagem e aspiração. Tudo corria na perfeição desde o meu pedido de lavagem à indicação de preço ou mesmo às instruções sobre a colocação do automóvel. Profissionalismo a toda a prova. Estando só duas pessoas na loja, eu e o meu interlocutor, ele achou adequado interromper o processo de facturação para apreciar as senhoras de vestido que passavam no exterior. Como qualquer homo lusitanus as expressões faciais foram tão hilariantes como os comentários que a minha memória esqueceu... Infelizmente, durante esta apreciação das femina no esterior, o Windows XP crashou. Nada de estranho, pelo que sarcásticamente disse "Windows... nada de novo", o que iniciou o meu processo de aprendizagem nesse dia.
Após uma breve troca de impressões sobre o horrível sistema da Microsoft, referi que tinha um iMac. Ao reparar que o empregado não reconhecia o nome, referi que era da Apple (ă'pəl) sendo que rapidamente recebi um abanar de cabeça seguido de "queria dizer (ei'pəl), não era?". Todos os anos de estudo de inglês foram deitados fora... Não sei pronunciar a palavra maçã em inglês. O sorriso dele era enorme, mas ainda assim mantive-me humilde e optei por continuar a conversa sem contra-argumentar.
Referi então que era o Mac OS era o melhor sistema e que nem de antivírus necessitava, visto serem praticamente inexistentes os softwares maliciosos ao sistema. Que blasfémia... Quem pouco sabe, deve aproveitar para ficar calado. Deveria ter ficado calado e fui lembrado do mesmo quando ouvi em resposta "ó amigo, então não abre o Google em casa? Se abre o Google apanha vírus!". Fiquei reduzido à minha insignificância. Naquele momento nada sabia de inglês e aparentemente ainda menos de informática. Calei-me e esperei pelo reinício do sistema sem sequer me aperceber que mais empregados da bomba já estavam dentro da loja. Os comentários dos colegas variavam entre "deixa de ser esperto, ó (nome do senhor omitido)" e "eh, vê-se mesmo que andaste dois anos na faculdade".
Continuei calado e esperei até ao momento em que me perguntou os dados para emissão de factura. Dei o número de contribuinte e nome da empresa: Hidro*. A sua pergunta imediata foi "Hidro* é com H?".
A lição? Ocasionalmente, não importa o que tu sabes mas sim aquilo que os outros acham que tu sabes...